Reflexões sobre a espiritualidade em tempos de quarentena...
Felipe Campos, autor de Em Busca do Além, nos presenteia com um texto profundo sobre a vivência da espiritualidade e como o isolamento social pode nos trazer lições importantes para que possamos realizar nossa reforma íntima e evoluir como indivíduos e coletivos.
Em tempos em que a vida parece frágil porcelana, não esqueças que a existência vivida com propósito se torna mais forte e sólida do que barras do mais puro metal. Não vivemos para sermos punidos, muito menos para sofrer. A vida é ação divina e, por isso, viver não é estar encarnado: vida é ser, seja lá o que você for. Portanto, seja! Não pela metade, mas por inteiro.
Não temas a doença, ela não pode lhe fazer mal algum além do corpo. E que bom que você não é apenas corpo, mas sim espírito... E esse só pode ser machucado por você mesmo.
Guarda tua alma no repouso, teu espírito no silêncio, tudo vai passar! E quando passar, a vida precisará que você esteja em sua melhor forma, física e emocionalmente. Por isso, não encares os problemas de agora como punições ou provações divinas.
NÃO! Deus não quer te provar. Deus não quer te testar.
A atual pandemia mundial que assola a todos não é um aviso, não é uma punição, não é nosso pai ou nossa mãe nos colocando de castigo... Ela é, porém e infelizmente, resultado puro do descaso humano com si mesmo.
Lembro que desde as primeiras vezes em que comecei a colocar em palavras escritas os ensinamentos espirituais que recebia através dos atendimentos e vivências com meus Mentores junto aos consulentes na Umbanda, percebi claramente que muitas pessoas chegavam ao final de suas vidas sem nunca terem vivido. Não entendiam nem mesmo qual era seu propósito aqui e agora, mas acreditando numa esperança vazia de salvação no além, deixavam de viver, de sentir. Acreditavam piamente que aqui – a Terra e suas vidas encarnadas - é lugar de sofrimento, de dor, de pecador.
Liberdade...
Talvez esse tenha sido o maior ensinamento que o Mentor Pena Azul tenha me dado até hoje. De todos os seus conselhos, o que mais me ensinou é que a pior escravidão não é a do corpo, mas a da mente... E quantos de nós somos escravizados por nossos próprios dogmas? Por nossas crenças limitantes, impostas pelo mundo desde o nascimento?
Quantos de nós já nascemos prisioneiros? Prisioneiros da carne, do ego, do medo...
Nesses tempos tão sombrios se isolamento social e pandemia mundial, tenho ouvido repetidamente algumas pessoas dizerem: “que essa doença faça com que a gente enxergue o próximo”. Mas quem é esse próximo, agora tão distante?
Vivemos, pensamos e agimos como se a vida encarnada, na Terra, fosse nossa primeira e única morada, esquecendo, porém, que ela é apenas uma de tantas dimensões paralelas envolvendo nosso próprio tempo, em espaços diferentes. Neste exato momento existem inúmeros seres, em inúmeras dimensões e realidades, vivendo experiências emocionais e relações sociais absolutamente parecidas com as nossas! Estão ao nosso lado, mas não podemos vê-los. Cada um deles, em cada uma das diversas paralelas espirituais existentes, também não nos enxerga, mas assim como nós os sabemos, eles também sabem de nossas existências.
Haverá, então, um fim – ou um início? Quão grande é o significado da vida e seus propósitos?
No meu livro de estreia, “Em Busca do Além – A Dinâmica da Reencarnação”, aprendemos em detalhes o que, agora, tento explicar em poucas palavras:
Precisamos ter consciência de que a “existência normal” do ser humano é continuar exercendo sua humanidade nos demais campos além do plano e dimensões físicos.
[...]
Dependendo da vida que tivermos na terra, dos entendimentos, das lições e principalmente de como assimilarmos cada uma elas, poderemos pular estágios e sermos direcionados diretamente para uma dimensão vibracional mais adequada à nossa realidade espiritual, de maneira não sequencial.
[...]
Encarnar é como morrer no espírito. Deixamos nossos companheiros do plano espiritual para vivermos a experiência da vida. Já quando morremos, deixamos os companheiros daqui, mas renascemos para o mundo espiritual.
Estando conscientes sobre isso ou não, uma coisa é certa: nossa vida é conduzida pelas rédeas da evolução cármica! Cada um de nós, a seu modo, tem em cada situação da vida uma oportunidade de crescimento, de avanço, de progresso... Estaremos, porém, usufruindo disso e fazendo o nosso melhor? Estaremos buscando e realizando nosso propósito individual?
(continua depois do box...)